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Israel invade livraria palestina em Jerusalém

No último domingo, 9 de fevereiro de 2025, a polícia israelense realizou uma operação em duas filiais da renomada livraria palestina Educational Bookshop, localizadas em Jerusalém Oriental. Durante a ação, os proprietários Mahmoud e Ahmad Muna foram detidos sob a acusação de vender livros que incitam ao terrorismo. As autoridades confiscaram diversos títulos, incluindo um livro infantil de colorir intitulado “Do Jordão ao Mar”.

A Educational Bookshop é um marco cultural em Jerusalém, reconhecida por sua ampla seleção de obras em árabe e inglês sobre o conflito israelo-palestino, história regional e literatura. Frequentada por diplomatas, acadêmicos, jornalistas e turistas, a livraria desempenha um papel vital na promoção da cultura e do conhecimento palestino.

Frequentadores ilustres da livraria palestina manifestaram-se em apoio após a prisão dos proprietários
Frequentadores ilustres da livraria palestina manifestaram-se em apoio após a prisão dos proprietários

A operação policial gerou indignação entre defensores da liberdade de expressão e membros da comunidade internacional. O embaixador alemão em Israel, Steffen Seibert, expressou preocupação com as detenções, afirmando conhecer os proprietários como “palestinos orgulhosos de Jerusalém e amantes da paz”.

A defesa dos livreiros, representada pelo advogado Nasser Odeh, argumenta que a ação policial é uma tentativa de suprimir a liberdade de expressão e o pensamento palestino. Odeh destacou que os livros apreendidos abordam temas como a história da Palestina e os direitos humanos, não representando ameaça à segurança.

Ahmad Muna, um dos donos da livraria Educational Bookshop | Foto: John Wessels (AFP)
Ahmad Muna, um dos donos da livraria Educational Bookshop | Foto: John Wessels (AFP)

A expressão “Do Jordão ao Mar”, presente no livro infantil confiscado, é considerada controversa. Enquanto autoridades israelenses a interpretam como um chamado à destruição de Israel, muitos palestinos a veem como uma afirmação de sua aspiração por liberdade e autodeterminação.

Após a audiência judicial, foi determinado que Mahmoud e Ahmad Muna permanecerão em detenção por mais uma noite, seguidos de cinco dias de prisão domiciliar. A comunidade internacional continua atenta ao desenrolar dos acontecimentos, com manifestações de apoio aos livreiros e à preservação da liberdade cultural e intelectual dos palestinos em Jerusalém Oriental.

Apoiadores visitam uma das unidades da Educational Bookshop depois que a polícia israelense
Apoiadores visitam uma das unidades da Educational Bookshop depois que a polícia israelense

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