Matéria de Ednei Procópio sobre Voalide Bin para a Revista UFO em sua edição 233, de Abril de 2016.
Antes de seu filho, Rogério Tadeu Bin, passar pela abdução descrita na entrevista, seu pai, Voalide Bin, também teve uma experiência semelhante. Mais uma vez nos deparamos com um caso em que vários membros de uma mesma família são abduzidos, sem que haja uma explicação para o fato estarrecedor.
Em 1965, a família Bin morava na Parada Inglesa, um bairro da Zona Nordeste da capital paulista. E o senhor Voalide Bin, pai de Rogério Tadeu Bin, trabalhava como operador de áudio na Rádio São Paulo, localizada na Zona Sul. Uma noite, Voalide perdeu o último ônibus, que passava à meia-noite, e por isso teve que esperar pelo que se chamava antigamente de “corujão”, o coletivo que passava somente às 03h00. Depois que chegou ao seu destino, o homem seguiu a pé e, segundo seu próprio relato à esposa, só tinha um pensamento: “Ficar atento com algum assaltante ou alguém mal-intencionado”.
Voalide Bin cruzou algumas esquinas até chegar à Padaria do Luiz, subindo a Rua Salvador Romeu e passando por muitos dos terrenos baldios que os mais antigos bairros da cidade ainda guardavam naquela época. Ao contrário dos outros dias, quando estava quase para chegar em casa, começou a sentir que algo estranho estava acontecendo e uma sensação ruim o atingiu em cheio. “Era como se alguma coisa estivesse acontecendo dentro e fora de mim”, contaria ele, mais tarde, para a esposa.
ARREPIO DE GELAR A ESPINHA
A testemunha carregava no bolso direito um pequeno canivete, já devidamente aberto para ser usado em um eventual assalto. Ele olhava ao redor, para todos os lados, para certificar-se de que não havia ninguém por perto, o seguindo. Talvez por conta do horário atípico, Voalide continuava se sentindo angustiado, como se alguém realmente estivesse vigiando-o, a ponto de um arrepio gelar sua espinha — ele tinha certeza de que algo iria lhe acontecer. De repente, a cerca de dois quarteirões de casa, o homem se deparou com um estranho objeto voador pairando a poucos metros de altura sobre um dos terrenos baldios.
A história a seguir se tornou conhecida quando o senhor Voalide concedeu um depoimento ao veterano jornalista Adílson Machado, que seria publicado mais tarde no jornal Diário Popular, na edição de 24 de novembro de 1977. Machado já vinha pesquisando o Fenômeno UFO desde aquela década. Segundo a Biografia dos Ufólogos Brasileiros, Machado é “veterano e conceituado pesquisador no Brasil, que teve artigos publicados sobre o assunto em diversas revistas nacionais”. O título da matéria, um pouco entrevista, um pouco depoimento, era um tanto prolixo — “Os Meios com que os Anjos se Comunicam com os Homens” —, mas já dava o tom da conversa que o jornalista deve ter tido com o Voalide Bin.
MEDO EM MEIO ÀS SOMBRAS
“A cerca de dois quarteirões de minha casa, eu vi uma coisa. Ela estava lá, pairando no ar, como se estivesse por cima de um terreno baldio. Era um disco voador muito grande, todo iluminado como um cinturão de janelinhas. Não girava. Apenas estava lá, no ar. Minha sensação de de aumentou mais ainda. Apavorei-me diante daquela coisa redonda e imóvel. Detive-me a cont estranha nave, com os pensamentos fervendo dentro da minha cabeça.
Essa matéria de Ednei Procópio sobre a abdução de Voalide Bin foi publicada originalmente na Revista UFO em sua edição 233, de Abril de 2016.