formação e apontam tendências para consumo por meio do digital. Com a democratização geral e irrestrita da tecnologia, mesmo com a não resolução efetiva das questões socioeconômicas, as barreiras à entrada de novos concorrentes na indústria gráfica, especificamente na indústria do livro impresso, se tornaram ainda mais fáceis de transpor.
Atualmente, ouço muitas pessoas dizendo que “é preciso colocar a mão na massa” quando tratam do tema eBook. Por um lado, isso é realmente importante, verdade, mas, por outro, é a primeira vez, em anos, que percebo mais gente dizendo que “é preciso colocar a mão na massa“, do que gente que realmente colocou a mão na massa durante todo esse tempo.
Muito se tem estudado sobre a atuação de empresas como Google, Kobo, Apple e Amazon no Brasil. As plataformas que esses players oferecem podem estar mais próximas do alcance das editoras, e do autor, do que possa imaginar. Mas ainda é preciso preparar-se para um novo cenário no mercado editorial.
Depois que a Internet, a mídia das mídias, transformou drasticamente as indústrias de telecomunicaçoes, entretenimento, música, jogos, cinema, e o modo como assistimos tevê, ouvimos rádio e lemos jornais e revistas, o artefato livro é a última fronteira na digitalizaçao dos meios de comunicação.
As emergentes mídias digitais estão influenciando diretamente no concorrido tempo dos consumidores modernos e transformando o hábito de leitura em todo o mundo. O livro não é mais lido apenas no papel. Ele está também onipresente em uma miríade de suportes suspensos e em uma diversidade de aparelhos tecnológicos, móveis e de comunicação.